Id, ego e superego
Em 1923, no livro "O Ego e o Id", Freud expôs uma divisão da mente humana em três partes: 1) o ego que se identifica à nossa consciência; 2) o superego,
que seria a nossa consciência moral, ou seja, os princípios sociais e
as proibições que nos são inculcadas nos primeiros anos de vida e que
nos acompanham de forma inconsciente a vida inteira; 3) o id,
isto é, os impulsos múltiplos da libido, dirigidos sempre para o prazer.
(Os três termos alemães empregados por Freud, em sua língua materna,
eram "Ich", "Es" e "Überich", que se traduzem também por eu, isso e
supereu.)A influência que Freud exerceu em várias correntes da
ciência, da arte e da filosofia foi enorme. Mas não se deve deixar de
dizer que muitos filósofos, psicólogos e psiquiatras fazem sérias
objeções ao modo como o pai da psicanálise e seus discípulos apresentam
seus conceitos: como realidades absolutas e não como hipóteses ou
instrumentos de explicação que podem ser ultrapassados pela evolução
científica e, em alguns casos, foram mesmo.A depressão, por
exemplo, é um transtorno mental para cujo tratamento a psicanálise pode
funcionar somente como co-adjuvante, devido ao caráter bioquímico que
está em sua origem. Além disso, em uma de suas últimas obras "O
Mal-Estar na Civilização", publicado em 1930, Freud tenta explicar a
história da humanidade como a luta entre os instintos de vida (Eros) e
os da morte (Tanatos), teoria cujo caráter maniqueísta foi apontado por
vários críticos.
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